quinta-feira, março 30, 2006
terça-feira, março 14, 2006
Ágata
segunda-feira, março 13, 2006
Mais uma prova

"É a mais recente atracção da Avenida da Liberdade, em Lisboa. Um casal de corujas do mato e duas crias habitam nas árvores existentes em frente ao Hotel Tivoli. As duas crias nasceram há três semanas, abandonaram entretanto o ninho e dormem durante todo o dia num galho de árvore a cerca de 15 metros de altura. A dois metros, a mãe dorme noutro ramo. Assim, passam os dias indiferentes à grande agitação que ocorre cá em baixo, com a circulação diária de milhares de carros e pessoas."
Para quem ainda tinha dúvidas, aqui está mais uma prova: a Primavera chegou mesmo e ninguém lhe resiste.
A novidades saiu hoje, nesse grande jornal que dá pelo nome de Correio da Manhã e onde ficamos também a saber que D. Policarpo critica patrõe maus pagadores, que o presunto tem reino em Mação e que Almodovar volta a casa (para além de informação sobre 429 crimes, acidentes de automóveis, roubos e julgamentos que agora não vêm ao caso).
Mais abaixo, informa-se ainda que segundo Ricardo Tomé, que é membro da Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves, o macho há-de andar por perto, provavelmente noutro ramo da árvore. "Os animais possuem uma cor que os confunde com a tonalidade dos ramos e não permanecem sempre na mesma árvore", mas o olho clínico do porteiro do Tivoli deu com elas e disse ao reporter que nunca tinha visto nada assim.
Eu também não. E é bom saber que Lisboa ainda assiste a partos detes.
Foto: Natália Ferraz
domingo, março 12, 2006
Chegou...
segunda-feira, março 06, 2006
Gajas...
Coisas de gajas. E tudo servia para discutir ou para comentar. Os homens, claro. A falta de gosto de uma, as mini-saias-cinto da outra, a do quarto 234 que disse mal da vizinha do lado, a outra que deixava a loiça suja durante semanas, a de farmácia que tinha mau hálito, a de letras que ia para cama com todos. Depois, à hora do jantar, lá estávamos, felizes e sorridentes, enfiadas nos livros na altura dos exames, amigas para a vida, se fosse preciso.
Desses tempos só me ficou uma amiga. Às outras perdi-lhes o rasto, talvez porque nunca mais fui capaz de confiar nelas. Demasiadas mulheres juntas dá nisto. É verdade, a frase é do mais machista que há. E suponho que nem sequer tenha de ser sempre assim, mas comigo foi. A experiência voltou a repetir-se no meu primeiro emprego, onde só havia um homem e uma dez mulheres, e em várias outras ocasiões, durante mais ou menos tempo.
O assunto é recorrente, mas quando querem as mulheres conseguem ser as maiores filhas da puta umas para as outras. Somos mais competitivas umas com as outras, raramente resistimos a uma boa cusquice e quando há um homem no meio aí as coisas ficam ainda piores. Desperta-se o demónio que há em cada uma de nós e lá vamos. Levamos tudo pela frente e a desgraçada que se meter no meio pode ter a certeza que tem os dias contados.
Depois até pode ser que nos arrependamos, mas nunca, mesmo nunca, o reconheceremos. Se calhar também mandamos o tipo dar uma volta, porque descobrimos que não nos interessa e que é um idiota chapado, mas enquanto não conseguimos o que queremos não descansamos.
Outro caso sério é quando aquela imbecil do quinto andar tem o azar de vir dizer mal da nossa melhor amiga. Está feita. Porque também conseguimos ser fiéis às nossas amizades - desde que não apareça um homem pelo meio, porque aí não ponho as mãos no fogo por ninguém.
Claro que a dose de filhadaputisse varia e o empenho que pomos no assunto também, mas a coisa está-nos nos genes. Há as que partem a loiça toda, as mais reservadas que só contam às amigas, as outras ainda que só escrevem no diário, mas quem nunca passou por uma destas, que venha e atire a primeira pedra...
quinta-feira, março 02, 2006
Onde é que se meteu a Primavera?

Estou farta do Inverno. Farta do frio. Farta das roupas de Inverno. As manhãs cinzentas deixam-me deprimida para o resto do dia e é uma tortura abrir o armário para tentar novamente decidir qual das camisolas quentes vou vestir. Quero o sol de volta. As manhãs na praia, os dias inteiros na praia. Quero rapidamente o meu primeiro dia de praia do ano, as minhas camisolas decotadas, os chinelos de enfiar o dedo e a mini-saia dos fins de semana.
E o pior é que nem me apetece ir experimentar as novas colecções que andam por aí a espreitar nas montras, lindas, maravilhosas e tentadoras, porque depois chego a casa e não posso vestir nada e fico ainda mais deprimida a olhar para o roupeiro para escolher novamente qual a camisola quente que vou usar. Alguém sabe onde se enfiou a Primavera?